quarta-feira, 16 de março de 2011

Sociedade estragada

Não quero fazer discurso de comunista, muito menos contra o capitalismo, mas algo que me incomoda muito, aliás, incomoda a minha visão, porque não me relaciono com tipo de gente que reclama das 'boas maravilhas' do mundo atual. Computadores ? Coisa do passado! Hoje em dia, os notebooks estão mais do que na moda! Os consumidores que não vivem sem seus iPhones, Blackberries, e celulares de 2 pernas que fazem praticamente tudo por voce, é minha fúria que vem a tona com esse tipo de gente.

Não enxergam nada um pouco mais além do que outro produto lançamento no mercado, e os riquinhos de plantão, os compram e depois os exibem na 'fogueira das vaidades'. Eu, particularmente, acho isso tudo meio ridículo. Claro que hoje em dia, o mundo se modernizou e tambem admiro o modo em que o mesmo nos ajuda com tantas 'ferramentas' de comunicação. Agora, ja é demais para minha vista ver reclamações tipo: "Estou sem o meu note, que raiva!" entre outras milhares de reclamações totalmente sem charme e sem interesse aos outros, pelo menos, aqueles como eu, que não dou a mínima se tal pessoa está sem notebook.
Cadê o charme da época em que vivíamos mais tempo no 'mundo real' ?
Eu sinto falta da realidade do mundo atualmente.

Cadê o senso do ridículo que passa na cabeça de uma pessoa que reclama de estar sem celular ou notebook momentaneamente ? Isso além de dar raiva, me dá enjôo de ver como muita gente de hoje em dia é vazia por dentro. Além de seus HD's , não são nada. Não tem nada a oferecer à alguem.

Até para ser moderno e consumista, pode haver mais charme.
Não reclame se seu notebook não esta do seu lado agora, tem gente em piores situações. Não vou ser demagogo tambem a ponto de citar exemplos, mas todos sabemos que o mundo sempre foi irregular, e cada mais irreal tambem.

Realidades a parte, a minha foi escrita aqui.
Abram os olhos people, vocês estão virando robôs !

Um comentário:

  1. Sensacional seu texto, Dan. descreve e exprime com exatidão o tipo de "cultura" que vemos hoje em determinadas "castas", as menos privilegiadas mas que com as facilidades das compras em 24 ou 48 prestações, têm acesso a bens materias aos quais nunca tiveram antes e se deslumbram. E pior ainda, não basta possuí-los; é necessário compartilhar com o mundo que os possui! Assim, acham que adquirem um Status quo que as elevará para um patamar de maior respeitabilidade ante a sociedade em que vive. Em outras palavras, são os alpinistas socias, novos ricos, (ou nem isso) que querem subir degraus na escala social da qual sopervalorizam, por se acharam vazias, sem auto-estima e em última instância, concluem que o único modo de se sentirem valorizadas e respeitadas, se resume no que têm materialmente como uma escala invisível, um código de validação de um determinada posição na sociedade, a qual tanto almejam. Isso é muito comum de ser visto atualmente nas redes social, por exemplo. Uma verdadeira "fogueira das vaidades" na qual cada um quer mensurar-se e também ao outro, numa competição frenética, exibindo seus tão importantes bens materias recem adquiridos e com isso, afirmar o seu lugar na escala social a qual desejam pertencer a todo custo, nem que este seja uma exibição grotesca e vexatória; o importante é ter; pois tendo, tem a ilusão de que é. Não tem dúvida que isso é um fenômeno crescente, mais do que em qualquer outra era, em virtude das facilidades que possibilitam uma pretensa, rápida e falsa ascensão social.

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